O que é
sangue?
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo,
levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele é composto por plasma,
hemácias, leucócitos e plaquetas.
O plasma é a parte líquida do sangue, de
coloração amarelo palha, composto por água (90%), proteínas e sais. Através
dele circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias à vida
das células. Essas substâncias são: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de
coagulação, imunoglobulina e albumina. O plasma representa aproximadamente 55%
do volume de sangue circulante.
As hemácias são
conhecidas como glóbulos vermelhos por causa do seu alto teor de hemoglobina,
uma proteína avermelhava que contém ferro. A hemoglobina capacita as hemácias a
transportar o oxigênio a todas as células do organismo. Elas também levam
dióxido de carbono, produzido pelo organismo, até os pulmões, onde ele é
eliminado. Existem entre 4 milhões e 500 mil a 5 milhões de hemácias por
milímetro cúbico de sangue.
Os leucócitos, também
chamados de glóbulos brancos, fazem parte da linha de defesa do organismo e são
acionados em casos de infecções, para que cheguem aos tecidos na tentativa de
destruírem os agressores, tais como vírus e bactérias. Existem entre 5 mil a 10
mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue.
As plaquetas são pequenas
células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea, agindo nos
sangramentos (hemorragias). Existem entre 200.000 e 400.000 plaquetas por
milímetro cúbico de sangue.
O sangue é produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras,
costelas, quadril, crânio e esterno. Nas crianças, também os ossos longos, como
o fêmur produzem sangue.
História do sangue
A crença
de que o sangue que dá e sustenta a vida, também é capaz de salvá-la vem de
tempos remotos. Entretanto, foram necessários séculos e séculos de estudos e
pesquisas para a ciência descobrir sua real importância e dar a ele uso
adequado. Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas fundamentadas na
intuição e no senso comum.
Conta-se
que, na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na
arena, a fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia.
Defendendo a sangria na cura de qualquer doença, o médico grego Galeno, reportando-se à teoria de Hipócrates, também concluiu pela existência de quatro humores no corpo humano: o sangue, a bile amarela, a bile negra e a fleuma.
Em 1492, no século 15, para se
curar de grave enfermidade, o papa Inocêncio VIII foi convencido a ingerir o
sangue de três jovens que acabaram morrendo anêmicos, sem que se conseguisse
restabelecer a saúde do pontífice.
Ele é responsável pelo transporte
de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e
proteção de nosso corpo.
As transfusões de sangue tiveram
início no século 17
Realizadas experimentalmente em
animais, a primeira transfusão de sangue é atribuída a Richard Lower em
demonstração realizada em Oxford, em 1665.
A primeira experiência em ser
humano aconteceu dois anos mais tarde em 1667, em Paris. Seu autor foi Jean
Baptiste Denis, professor de Filosofia e Matemática em Montpellier e médico de
rei Luis XIV. Tomando um tubo de prata, Denis infundiu um copo de sangue de
carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava nu pelas
ruas da cidade.
Conta-se que após resistir a duas
transfusões, Mauroy teria falecido provavelmente em conseqüência da terceira.
Um fato curioso:
As transfusões de sangue nessa
época eram heterólogas, isto é, com sangue de animais de espécies diferentes.
Denis defendia a prática argumentando que, ao contrário do humano, o sangue de
animais estaria menos contaminado de vícios e paixões.
Considerada criminosa, a
transfusão heteróloga foi proibida na Faculdade de Medicina de Paris e,
posteriormente, na de Roma (Itália) e na Royal Society, da Inglaterra.
As transfusões com sangue humano
datam do século 19
Embora proibidas, as experiências
não foram de todo abandonadas. Em 1788 (século 18), após tentativas fracassadas
com transfusões heterólogas, Pontick e Landois obtiveram resultados positivos
realizando transfusões homólogas (entre animais da mesma espécie), concluindo
que elas poderiam ser benéficas e inclusive salvar vidas.
A
primeira transfusão de sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818 que,
após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue humano em
mulheres com hemorragia pós-parto.
No final do século
XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a
desafiar os cientistas.
Em 1869, foram
iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando
com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks.
Simultaneamente, desenvolviam-se equipamentos destinados a realização de
transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas,
ficando esses procedimentos conhecidos como transfusão braço a braço.
Em 1901, o imunologista austríaco Karl
Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais
tarde AB. Como conseqüência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer
quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam
reações desastrosas, culminando com a morte do receptor.
A primeira transfusão precedida da
realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben
Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a
partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1914, Hustin relatou o emprego de
citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para
transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para
a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as
transfusões de sangue.
Idealizado em Leningrado, em 1932, o
primeiro branco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil
Espanhola.
Mas o termo “Banco de Sangue” só foi
usado em 1937, quando um laboratório que armazenava o sangue doado foi
instalado no Cook County Hospital em Chicago, EUA. É digno de nota que neste, o
sangue era obtido através de doações voluntárias.
Após quatro décadas da descoberta do
sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a
identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner.
No século XX, o progresso das
transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do
fator Rh; do emprego cientifico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento
sucessivo do equipamento de recolha e de transfusão de sangue, e, do conhecimento
mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue.
A
descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO
O
que é pressão sanguínea ?
É a pressão exercida pelo sangue contra a parede
de nossas artérias. Também chamada de pressão arterial e necessária termos
cuidado com as variações em seus valores em seus valores, de forma a evitar uma
seria de complicações.
Características
A pressão sanguínea ocorre a parti da contração
dos ventrículos. Ela é maior na aorta e grandes artérias sistemáticas. Conforme
vai aumentando a distancia do ventrículo esquerdo, a pressão sanguínea vai
diminuindo.
Quando ocorre um aumento no volume do sangue
ocorre também o aumento da pressão sanguínea. O contrario também acontece ou
seja se o volume do sangue diminui a pressão fica menor.
Funções: manter o fluxo sanguíneo em
funcionamento adequado de forma a atender as necessidades do organismo.
Tipos: pressão arterial sistólica, pressão
arterial diastólica, pressão arterial media, pressão arteriolar, pressão pré-capilar,
pressão pós-capilar.
Curiosidades
sobre o sangue humano:
*O sangue humano ao ser retirado do corpo
coagula-se em apenas seis
*Dentro do nosso corpo, o sangue circula pelas veias e artérias numa
velocidade de 2km/
*Dia 14 de julho e o dia mundial da doação de sangue.
A
diferença entre o sangue humano e o animal?
O sangue dos vertebrados é formado pelos
eritrócitos, leucócitos e trombócitos (Jupiterimagens/liquidlibrary/Getty
Images)
Os
eritrócitos, leucócitos e trombocitos formam o sangue de todos os vertebrados
no reino animal, incluindo os humanos. Os invertebrados tem hemolinfa em vez de
sangue.
Invertebrados
Os
invertebrados têm sistemas circulatórios abertos que usam a hemolinfa e o
fluido intersticial para circula os nutrientes e o oxigênio. Ele não tem
células sanguíneas, embora seus hemocitos, funcinem de forma semelhante aos
leucócitos dos vertebrados.
Eritrócitos dos vertebrados – semelhanças
Os
eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, carregam oxigênio. Essas células, tanto
humanas quanto animais, carregam antígenos que identifica o sangue como tipo
A,B,O,AB. Ambas também podem carregar antígenos RH.
Eritrócitos dos vertebrados – diferenças
A maioria dos
eritrócitos tem um núcleo e organelas. Contudo, a maioria dos eritrócitos dos
mamíferos, incluindo os dos humanos, perde suas organelas e núcleos ao
amadurecer para que possam carregar mais oxigênio.
Leucócitos dos vertebrados – semelhanças e diferenças
Os leucócitos,
ou glóbulos brancos, em todos os vertebrados – incluindo os humanos – são
células fagociticas que consomem e destroem os invasores. Os humanos usam cinco
tipos diferentes de leucócitos, enquanto alguns animais usam menos dos mesmo
tipos.
Trombocitos dos vertebrados – semelhanças e diferenças
Os
trombocitos, também chamados de plaquetas, realizam a coagulação, alguns
coagulam mais agressivamente do que outros, mas não existe uma diferença
particular entre os dos humanos e os de outros animais.
Adorei
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