sexta-feira, 3 de junho de 2016

O Sangue



O que é sangue?

O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.

O plasma é a parte líquida do sangue, de coloração amarelo palha, composto por água (90%), proteínas e sais. Através dele circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias à vida das células. Essas substâncias são: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina. O plasma representa aproximadamente 55% do volume de sangue circulante.

As hemácias são conhecidas como glóbulos vermelhos por causa do seu alto teor de hemoglobina, uma proteína avermelhava que contém ferro. A hemoglobina capacita as hemácias a transportar o oxigênio a todas as células do organismo. Elas também levam dióxido de carbono, produzido pelo organismo, até os pulmões, onde ele é eliminado. Existem entre 4 milhões e 500 mil a 5 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue.


     
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, fazem parte da linha de defesa do organismo e são acionados em casos de infecções, para que cheguem aos tecidos na tentativa de destruírem os agressores, tais como vírus e bactérias. Existem entre 5 mil a 10 mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue.


As plaquetas são pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea, agindo nos sangramentos (hemorragias). Existem entre 200.000 e 400.000 plaquetas por milímetro cúbico de sangue.



O sangue é produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Nas crianças, também os ossos longos, como o fêmur produzem sangue.



História do sangue

A crença de que o sangue que dá e sustenta a vida, também é capaz de salvá-la vem de tempos remotos. Entretanto, foram necessários séculos e séculos de estudos e pesquisas para a ciência descobrir sua real importância e dar a ele uso adequado. Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas fundamentadas na intuição e no senso comum.

Conta-se que, na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na arena, a fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia.

Defendendo a sangria na cura de qualquer doença, o médico grego Galeno, reportando-se à teoria de Hipócrates, também concluiu pela existência de quatro humores no corpo humano: o sangue, a bile amarela, a bile negra e a fleuma.
     
Em 1492, no século 15, para se curar de grave enfermidade, o papa Inocêncio VIII foi convencido a ingerir o sangue de três jovens que acabaram morrendo anêmicos, sem que se conseguisse restabelecer a saúde do pontífice.


      Funções do sangue:
     
Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.



As transfusões de sangue tiveram início no século 17
     
Realizadas experimentalmente em animais, a primeira transfusão de sangue é atribuída a Richard Lower em demonstração realizada em Oxford, em 1665.
     
A primeira experiência em ser humano aconteceu dois anos mais tarde em 1667, em Paris. Seu autor foi Jean Baptiste Denis, professor de Filosofia e Matemática em Montpellier e médico de rei Luis XIV. Tomando um tubo de prata, Denis infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava nu pelas ruas da cidade.
     
Conta-se que após resistir a duas transfusões, Mauroy teria falecido provavelmente em conseqüência da terceira.
     
      Um fato curioso:

As transfusões de sangue nessa época eram heterólogas, isto é, com sangue de animais de espécies diferentes. Denis defendia a prática argumentando que, ao contrário do humano, o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões.
     
Considerada criminosa, a transfusão heteróloga foi proibida na Faculdade de Medicina de Paris e, posteriormente, na de Roma (Itália) e na Royal Society, da Inglaterra.


           






As transfusões com sangue humano datam do século 19

Embora proibidas, as experiências não foram de todo abandonadas. Em 1788 (século 18), após tentativas fracassadas com transfusões heterólogas, Pontick e Landois obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas (entre animais da mesma espécie), concluindo que elas poderiam ser benéficas e inclusive salvar vidas.

A primeira transfusão de sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818 que, após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue humano em mulheres com hemorragia pós-parto.

No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas.
Em 1869, foram iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks. Simultaneamente, desenvolviam-se equipamentos destinados a realização de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusão braço a braço.


Em 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde AB. Como conseqüência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminando com a morte do receptor.
A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as transfusões de sangue.
Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro branco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola.
Mas o termo “Banco de Sangue” só foi usado em 1937, quando um laboratório que armazenava o sangue doado foi instalado no Cook County Hospital em Chicago, EUA. É digno de nota que neste, o sangue era obtido através de doações voluntárias.
Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner.
No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego cientifico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento sucessivo do equipamento de recolha e de transfusão de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue.
A descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO 



     O que é pressão sanguínea ?

É a pressão exercida pelo sangue contra a parede de nossas artérias. Também chamada de pressão arterial e necessária termos cuidado com as variações em seus valores em seus valores, de forma a evitar uma seria de complicações.  

Características 

A pressão sanguínea ocorre a parti da contração dos ventrículos. Ela é maior na aorta e grandes artérias sistemáticas. Conforme vai aumentando a distancia do ventrículo esquerdo, a pressão sanguínea vai diminuindo.
Quando ocorre um aumento no volume do sangue ocorre também o aumento da pressão sanguínea. O contrario também acontece ou seja se o volume do sangue diminui a pressão fica menor.
Funções: manter o fluxo sanguíneo em funcionamento adequado de forma a atender as necessidades do organismo.
Tipos: pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial media, pressão arteriolar, pressão pré-capilar, pressão pós-capilar. 

Curiosidades sobre o sangue humano:

*O sangue humano ao ser retirado do corpo coagula-se em apenas seis  
*Dentro do nosso corpo, o sangue circula pelas veias e artérias numa velocidade de 2km/
*Dia 14 de julho e o dia mundial da doação de sangue.

A diferença entre o sangue humano e o animal?

 

 


O sangue dos vertebrados é formado pelos eritrócitos, leucócitos e trombócitos                   (Jupiterimagens/liquidlibrary/Getty Images)
Os eritrócitos, leucócitos e trombocitos formam o sangue de todos os vertebrados no reino animal, incluindo os humanos. Os invertebrados tem hemolinfa em vez de sangue.
Invertebrados

Os invertebrados têm sistemas circulatórios abertos que usam a hemolinfa e o fluido intersticial para circula os nutrientes e o oxigênio. Ele não tem células sanguíneas, embora seus hemocitos, funcinem de forma semelhante aos leucócitos dos vertebrados. 

Eritrócitos dos vertebrados – semelhanças 

Os eritrócitos, ou glóbulos vermelhos, carregam oxigênio. Essas células, tanto humanas quanto animais, carregam antígenos que identifica o sangue como tipo A,B,O,AB. Ambas também podem carregar antígenos RH.

Eritrócitos dos vertebrados – diferenças 

A maioria dos eritrócitos tem um núcleo e organelas. Contudo, a maioria dos eritrócitos dos mamíferos, incluindo os dos humanos, perde suas organelas e núcleos ao amadurecer para que possam carregar mais oxigênio.

Leucócitos dos vertebrados – semelhanças e diferenças 

Os leucócitos, ou glóbulos brancos, em todos os vertebrados – incluindo os humanos – são células fagociticas que consomem e destroem os invasores. Os humanos usam cinco tipos diferentes de leucócitos, enquanto alguns animais usam menos dos mesmo tipos.

Trombocitos dos vertebrados – semelhanças e diferenças 

Os trombocitos, também chamados de plaquetas, realizam a coagulação, alguns coagulam mais agressivamente do que outros, mas não existe uma diferença particular entre os dos humanos e os de outros animais.

Pesquisa realizada por :

 

Ana Laura

Ana Vitoria

Anderson Amaral

Izadora Teixeira

Jheniffer Vieira

João Pedro

Maria Paula

Vitor Moreira


 

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